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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

1 câmera, 2,3,4,8 e 9 lentes!!


Sim, hoje vamos falar sobre as multilentes, também chamadas de Action Sampler. 

Action = ação ; Sampler = amostra ; uma amostra da ação. Uma proposta simples e que muitas vezes é o primeiro passo de muitas pessoas na fotografia analógica (tipo eu!), ou pelo menos na lomografia. O triste é que depois que você vai se viciando em fotografia, comprando outras câmeras, fazendo outros experimentos e acaba encostando as bichinhas (tipo eu). Vou lembrá-los das maravilhas que só a action sampler faz por você.

As action samplers levam a liberdade do point-and-shoot ao extremo. Tirar a foto sem pensar muito, sem escolher o foco, sem escolher o enquadramento. Justo por isso é um bom jeito de entrar na fotografia experimental, sendo um exercício ao desapego às regras básicas da fotografia.

Uma coisa muito lógica e que torna as fotos dessas câmeras mais atrativas é o movimento. Elas são companheiras perfeitas para praia, campo, piscina ou qualquer coisa com os amigos ou no muita gente se mexendo. Experimente acompanhar um amigo que vai fazer alguma coisa inusitada (ou desafie-o  a fazê-lo), vá fotografando e no fim tenha uma mini-história como essa:





O incrível é que se você fotografar algo que esta parado, se você não estiver se mexendo, ainda assim, as fotos podem ser surpreendentes, dando diferentes ângulos da mesma cena, ou criando um caleidoscópios de texturas únicas.

uma amostra de ação

Diferentes enquadramentos na mesma foto

Movimento...

... e mais movimento.

Lembra o que eu disse sobre o caleidoscópio?

e sobre textura?
O grande lance é deixar se surpreender. Essas câmeras são pequenas, leves e fáceis. O único porém é a falta do flash na maioria delas, o que exige um bocado de luz natural ou um filme de ASA bem alto. Mas não deixe que isso te impeça de tirar sua Action Sampler da gaveta e dar um passeio. Ou até de comprar outras, cada uma tem suas características que fazem a diferença na hora do click. Aproveite o verão, as férias e faça um agrado à ela.



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Kodak pede concordata

Financiamento de US$ 950 milhões não é suficiente para recuperação de longo prazo

A centenária Eastman Kodak apresentou um pedido recuperação judicial nesta quinta-feira, para o Tribunal de Nova York, com o objetivo de reestruturar seus negócios que perderam espaço com a chegada de câmeras digitais no mercado.



A empresa, que inventou as câmeras de mão e ajudou o mundo a registrar as primeiras imagens da Lua, resistiu até o momento no setor de eletrônicos mas julgou que precisa de um apoio externo e divulgou um comunicado em seu próprio site, dizendo que “a companhia e suas subsidiárias nos EUA entram com pedido voluntário de 'proteção' ao Capítulo 11 da Lei de Falências dos Estados Unidos”.

Segundo "The Wall Street Journal", a empresa também contratou Dominic Di Napoli, vice-presidente do conselho da FTI Consulting Inc., para ser o diretor de reestruturação e ajudar a comandar a empresa durante o processo de reestruturação supervisionada. Além da FTI, estão prestando consultoria à Kodak a firma de advocacia Sullivan & Cromwell e o banco de investimento Lazard Ltd.

A Kodak recorreu à concordata depois de não conseguir levantar recursos para a sua recuperação financeira de longo prazo. Com o pedido, a empresa pretende reforçar a liquidez, valorizar a propriedade intelectual, resolver a atual situação de passivos e se concentrar nos ramos de negócios mais competitivos.

A empresa espera ter completado sua reestruturação nos EUA até o ano de 2013.

"Toda a equipe administrativa acredita, por unanimidade, que este é um passo necessário para o futuro da Kodak", disse o presidente e diretor executivo, o espanhol Antonio M. Perez.

A pioneira do setor de fotografia, com mais de 130 anos, afirma que obteve US$ 950 milhões em uma linha de crédito de 18 meses do Citigroup e que continuará a operar.

O financiamento e a proteção contra falência pode dar a Kodak o tempo necessário para encontrar compradores para algumas de suas 1.100 patentes digitais e remodelar seus negócios, garantindo o salário de seus 19 mil funcionários.

Fonte: oGlobo

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Curiosidade

Foto curiosa que achei no meu HD. Não lembro de onde peguei, só lembro que segundo o texto, o sujeito ai é um colecionador aficcionado por câmeras analógicas. Imagino que a maioria de nós (se tivesse muita grana claro) ia acabar como ele.

 

Lembrei de um post do amigo Queimando o Filme em que ele fala sobre a Sindrome de Necessidade de Comprar Equipamentos. Passa lá e veja as melhores formas de administrar suas crises.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Efeitos Lomográficos via Photoshop

A estética analógica conquistou muitos fotógrafos digitais. Para os que querem sujar um pouquinho suas fotos digitais mas saca apenas de manipulações químicas, disponibilizamos alguns efeitos “Lomograficos” que, através do photoshop, podem ser facilmente aplicados às imagens. 

Veja abaixo alguns efeitos disponíveis:

Imagem crua





Para produzir os efeitos acima basta aplicar uma action no Photoshop. Clicando aqui você pode baixar as actions usadas acima e outras mais.

O que são actions?

São um grupo de ações gravadas que ao importar para o Photoshop se aplica a uma imagem.

Como importar?

Após baixar o arquivo, abra a caixa Actions que fica ao lado de History

em sequida, vai em Load Actions e busca o arquivo no diretório do seu computador.


Como aplicar?

Seleciona a action desejada e aperta play.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ahhhhhhhh! O Flash!


Odiado por 90% dos fotografados, esse aparato fotográfico me encanta enormemente. O Flash tem várias funções básicas: iluminar uma cena escura, capturar movimento, preencher pontos de sombra, corrigir a luz do ambiente, mas minha função preferida é, definitivamente, cegar o povo! Já já explico.
Um pouco de história: os primeiros flashes fotográficos eram trambolhos que usavam pequenas lâmpadas incandescentes, com a diferença que seus filamentos internos eram mais finos, mais longos e não suportavam grandes descargas elétricas (justamente o que causava o flash). Cada vez que eram usados, explodiam e o fotógrafo tinha que substituir a lâmpada – com certeza você já viu isso em filmes antigos, principalmente os fotojornalistas.

 Nos anos 50 surgiram os flashes eletrônicos, no início eram grandes e gastavam muita energia, mas foram evoluindo e diminuindo. Vieram os flashes de cubinho (alguém chegou a usá-los? Já ouvi falar, mas nunca nem vi pessoalmente). Esses flashes foram bem famosos. Cada lado do cubo era usando uma vez, fotografa, gira o cubinho, fotografa, gira o cubinho, fotografa, gira o cubinho, fotografa, gira o cubinho, acabou. Foram muito usados em câmeras instantâneas.

Flash do cubinho e abaixo o flash em uso numa instamatic da Kodak
 

Foram evoluindo e hoje vem incorporados à câmeras, ou podem ser acoplados por praticas entradas hot-shoe (ou zapatas, sapatas, ou outro nome que não conheço, já vi vários).


Voltando a falar da minha paixão: adoro jogar luz na cara do povo porque adoro fotografar de noite, na mesa do bar (lembra do post sobre mesa do bar?). Fotografar de noite sem flash é impensável. Uso o Flash Colorsplash da Lomography, que permite além da luz, jogar cor nas pessoas – claro que isso é possível com outros flashes, é só ter (ou fazer) filtros. Segue alguns exemplos de flashes legais:

 
Só pra esclarecer uma coisa: Flash é um assunto extenso, detalhado, existem livros e livros sobre esse assunto. Essa aqui foi só um devaneio de um amador que adora cegar o pessoal =D

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Fotógrafos - Berenice Abbott e Eugène Atget


O primeiro post sobre Fotógrafos de 2012 é duplo. Vai lendo que você vai entender.
 
Primeiro vamos falar sobre Berenice Abbott. Nascida em 1898 em Springfield (!), aos 23 anos mudou-se para a Europa para estudar escultura em Paris e Berlin. Dois anos depois começaria a trabalhar com fotografia, sendo assistente no quarto escuro de um laboratório. Apaixonou-se. Em pouco tempo estava com seu próprio estúdio e tinha entre seus clientes pessoas do mundo artístico como Jean Cocteau e James Joyce.

Em 1925 Abbott foi apresentada por seu mentor, Man Ray, as fotos de Eugène Atget.

Eugène foi um fotógrafo francês nascido em 1857, mas só entrou no mundo da fotografia aos 40 anos (!). Depois de uma carreira mal sucedida de ator, começou a ter aulas de pintura, onde desenvolveu seu olhar apurado que viria a marcar fortemente seu estilo. O grande trunfo de Atget foi parar de fotografar gente pra olhar a cidade. Conhecia cada canto de sua Paris, fotografava a cidade vazia, mostrava as linhas da cidade. Inaugurou assim a fotografia urbana, desviando o olhar dos tão batidos retratos.
 

É, de vez em quando Eugène capturava gente nas suas lentes também
 
Atget não foi reconhecido em vida. Apesar de passar quase 30 anos andando com 15 quilos de material pela cidade, vendendo seus retratos de Paris feitas em chapas de 18x24, acabou vendendo suas fotos por centavos. Até que Berenice Abbott resolveu reunir as centenas de negativos e chapas e tudo mais de Eugène e montou uma exposição, foi também publicado um livro com suas imagens.


Em 1929 Berenice volta à America e se encanta com Nova York, sua arquitetura, suas curvas, sua vida. Passa a morar por lá e fotografar a cidade. Fotografou um tempo por conta própria, tendo que dar aulas para pagar esse trabalho, até que o governo federal  a chamou para num projeto chamado “Changing New York" retratar a cidade em sua verve. Mais que retratos da cidade, mais que registros para o governo, Abbott fazia um estudo sociológico sobre Nova York com a ajuda da estética fotográfica. Fazia belos planos de ruas urbanizadas, bem estruturadas, mas quando algo a desagradava fazia questão de procurar a melhor composição para denunciar tal situação.

James Joyce por Berenice
Nova York
 
estação de Pensilvania.
Berenice e Eugène fotografavam a cidade, percebiam a vida, as histórias que surgiam ali em meio ao concreto. Suas fotos, além de lindos registros, são documentos da cidade. Para além dessa similaridade, ambos usavam câmeras de grande formato.

Faz o seguinte, quando for dar uma andada por sua cidade, leva tua câmera e começa a reparar mais nos prédios, nas diferenças das calçadas, dos altos edifícios, as pessoas que ali circundam, o tiozinho que fica sempre ali vendendo alguma coisa. Além de um exercício para o olhar, uma ótima maneira de homenagear Berenice e Eugène.

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