Resolvi escrever sobre Ansel
Adams depois de citá-lo aqui no blog -
inaugurando a seção de frases – e algumas pessoas me perguntarem “quem é esse
cara?”. Pois bem, aqui esta.
Ansel nasceu em 1902, na Califórnia.
Filho de uma família rica que perdeu tudo numa crise financeira. Teve problemas
na escola, não se enturmava porque durante o histórico terremoto e incêndio de
1907, que devastou a Califórnia, caiu e deformou o nariz. Foi diagnosticado
como hiperativo, desconfiam que ele era disléxico. Teve que estudar em casa,
conseguiu um diploma que garantia que ele tinha estudado até a 8ª série. É, uma
infância complicada.
Para contrabalançar esse caos
todo, ele tinha a natureza. Desde muito novo visitava o as reservas naturais do
Golden Gate. Fazia longas caminhadas e como ele mesmo diz, sua vida foi
colorida e moldada pela mãe natureza.
Aos 12, resolveu estudar piano.
Aos 18 era profissional. Mas largou tudo pela fotografia. O piano tinha lhe
dado o controle e disciplina que os anos conturbados da infância não deram. Mais
ou menos por ai, visitou o parque nacional de Yosemite, pelo qual se apaixonou
e passou a freqüentar todos anos, de 1916 até sua morte. Sua paixão pela
natureza o levou a ingressar no Siera Club, um clube de ecologistas que
protegia o parque e outras reservas nacionais. A partir de expedições com este
grupo passou a fotografar a natureza, fotos que lhe renderam diversas
exposições e certa fama.
Suas fotografias se pareciam com
quadros, tinha aspectos de ilustrações da natureza. Foi seu encontro com outros
grandes fotógrafos e a entrada no grupo F/64 que modificaram um pouco seu
estilo. Passou a procurar mais a arte fotográfica, a fotografia pura como
falavam no grupo.
Adams é conhecido por ser um fotógrafo meticuloso e
extremamente técnico. Nada escapava ao seu controle durante uma fotografia.
Tamanho era seu renome com a técnica fotográfica que escreveu uma série de
livros chamados: A câmera, O negativo e A cópia.
Para Adams não existe processo fixo ou
ideal de fotografia, todos os elementos são variáveis e controláveis. Os dados
e especificações dos fabricantes são dados médios, e se as nossas exigências
estiverem acima da média temos que ultrapassar os limites, fazermos
experimentações e verificarmos quais os procedimentos irão se adequar às nossas
exigências criativas e estéticas.
Nesta última ele já velhinho no parque que tanto amou (e uma velha que acho que não gostava muito de fotografia). Ainda tinha muito pra ser dito sobre este fotógrafo brilhante, um cara que entendia a técnica mas que sabia que ela não é tudo, que devemos sempre procurar o novo e os limites para sermos melhores naquilo que gostamos. Quem sabe num outro post.