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domingo, 25 de setembro de 2011

Swap Film – parte 2

Inspirados na bem sucedida experiência da Goretti Feitosa, de Fortaleza, eu e Tuku Moura (o outro autor deste blog) resolvemos fazer uma experiência parecida. A primeira parte da experiência você ler clicando na figura abaixo.

Embora a gente tenha feito tudo como planejado o resultado não foi o esperado. As imagens feitas com a Fish eye não se encaixaram perfeitamente com as feitas com a Super Sampler. De modo que uma parte menor da Fish eye ficou sob uma Super Sampler e o restante sob outra.

A foto tem mais cor e brilho, mas a digitalização deixou a desejar
Castelo dos Mouros (Portugal) e
Universidade Federal de Alagoas (Brasil)

Shopping Pátio Maceió (Brasil) e Palácio de Pena (Portugal)

Analisando o negativo percebemos que a Super Sampler deve ser “arrastada” pra frente. Então para que as fotos fiquem uma sob a outra devemos prender a Super Sampler dois ou três furos depois do que a Fish eye foi presa. 

Em uma próxima oportunidade vamos tentar também expor menos o filme. Apesar das fotos terem sido feitas com um ASA 100 e em câmeras com velocidade de 1/100, o filme foi exposto duas vezes o que clareou muito a foto de cima (Super Sampler) e deixou a Fish eye (que estava embaixo) um pouco apagada. E é claro que postaremos aqui o resultado.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Fotógrafos - Walter Firmo


Conhece este cara aqui do lado? Pois devia. Apresento-lhe Walter Firmo, um dos maiores nomes vivos da fotografia. Carioca do olho afiado, nascido em 1937, começou na fotografia aos 20 anos, como fotógrafo do jornal Última Hora. Por sinal, esta foi uma área em que trabalhou durante muito tempo e onde conseguiu muito destaque. Passou pelas redações do Jornal do Brasil, Revista Realidade, Veja, Isto é, passou um tempo morando em Nova York, fotografando para a Editora Bloch, depois em Paris. Por essas e outras já angariou vários prêmios, o clássico Esso de jornalismo é só um exemplo.

Paralelamente à carreira no fotojornalista, fez vários trabalhos freelancers e talvez aqui seja onde seu trabalho começa a entrar de vez na poesia. Além de vários trabalhos publicitários, fez capas de discos para as extintas RCA e Odeon, clicando Pixinguinha, Tim Maia, Djavan, Chico Buarque e outros.
Cartola


Pixinguinha
  

Walter Firmo é conhecido como o maior fotógrafo colorista do nosso tempo. Para se ter uma idéia, entre 73 e 80, ganhou 5 vezes o concurso Nikon de Fotografia na categoria Cor. Tanto que suas diversas exposições exploraram as cores nas mais variadas possibilidades. Para isso vai atrás de manifestações culturais, pesquisando as festas do folclore brasileiro.

Na pesquisa para este post achei um vídeo no youtube que mostra o próprio Walter falando sobre os cursos “Universo da Cor” e Fabrica de idéias”. É um tanto longo, mas é legal ver que o cara além de um mestre da fotografia parece ser uma pessoa extremamente para cima, energética, exatamente a impressão que passa em suas fotos.



Um dos motivos que me fez postar sobre Walter aqui, foi ler seu site e descobrir que ele só se rendeu à fotografia digital em 2005, com uma Nikon D100. Então viva Walter Firmo e sua fotografia alegre e colorida. Segue uma pequena galeria:

Cartola de novo






Apesar de ser um dos maiores coloristas do mundo, ele também se destaca nas fotos em preto e branco (por sinal, também venceu um concurso Nikon nesta categoria)





quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Caffenol!


Um tempo atrás uma amiga me mostrou um vídeo sobre um cara ensinando a revelar filmes com café e vitamina C. Bizarro, mas extremamente legal! Descobri que esta técnica é chamada de Caffenol, e tem muita gente que já faz isso. Pesquisei e pesquisei mais um pouco, acabei louco para fazer. Na real, só queria postar algo aqui quando pudesse fazer um tutorial bem explicadinho sobre o processo. Ainda não tive a oportunidade de testar o caffenol, o difícil acesso a alguns materiais que só encontrei via internet dificultou tudo.

Pois bem, na falta de um tutorial próprio do blog, resolvi traduzir o vídeo tutorial do site Make (um site cheio de tutoriais e projetos DIY – ou ‘Faça você mesmo’ em português). O vídeo é ótimo, bem explicado, bem filmado, detalhado. Segue ele: 

Como fazer: Caffenol!


O único defeito é a unidade de medida que eles usam para a quantidade de água: a Onça (sim, existe um unidade de medida com este nome). Consultei o mestre Google e ele me falou que 1 onça =  29.5mL. Logo:

Quando ele faz o revelador (na hora de misturar o café e a vitamina C) ele usa 6 onças – no caso, 170mL.
Na hora do revelador, ele usa 9 onças, isso daria 265mL.
Agora um detalhe: a quantidade de água que ele usa não me parece ser 170mL nem 265mL, parece muito mais. Se alguém souber fazer essa transformação direitinho me avisa que atualizo o post com os créditos.

Voltando ao caffenol, achei muitos sites e muitas receitas. Os que mais interessantes são o Blog Caffenol com muitos exemplos e dicas; e o site caffenol.org, mais completo, com muitas receitas, todas bem detalhadas e com exemplos (ah, tudo em inglês). Continue lendo o post  veja uma galeria com mais caffenol!

(post cobrado pelo @herrfabio, que em breve vai contribuir aqui com o blog)

domingo, 11 de setembro de 2011

Swap Film – parte 1

Este post um tutorial/experimento.  Tutorial porque vamos mostrar o passo-a-passo da coisa toda; experimento porque nunca fizemos antes. Primeiramente o que vem a ser Swap Film? Numa tradução quase literal Swap film significa troca de filme, mas no caso desse experimento, não um por outro. É mais ou menos o que a Goretti Feitosa fez e explicamos no post “Um filme, duas câmeras”. A diferença é que trocaremos além da câmera, o fotógrafo. 

Nosso experimento esta sendo feito com uma Fisheye nº2, uma Supersampler, e um filme Color Negative 100. Vamos para o passo-a-passo:

1- Antes de tudo (e isso é MUITO importante) lembre de quando carregar o filme na primeira câmera marcar qual furo você usou para prender o filme. Use um marca texto, um hidrocor, ou neste caso, uma caneta daquelas que escreve em CD. Isso assegura que as fotos serão sobrepostas exatamente uma em cima da outra (bem, pelo menos em teoria).

Detalhe da marcação
Marque o local onde você vai prender o filme
2- Bem, a segunda parte é fácil, fotografe. A única dica que eu acho que realmente deve ser levada em consideração é não abusar da luz. Já estamos usando um filme 100 por não ser tão sensível a luz, afinal, o filme já será duplamente exposto. Tirei fotos de paisagens, algumas na praia, na universidade daqui, enfim, Just shoot.

3- Bem, depois de fotografar o filme inteiro, chegou uma parte bem delicada. Você tem que rebobinar, mas não tudo, tem que deixar aquela pontinha para fora. O que fiz foi rebobinar no total escuro. Ache um quarto, de preferência sem janelas, avise ao pessoal de casa para não ligar luzes perto do quarto, cubra a parte de baixo da porta e vá rebobinando devagar. Eu abri a Fisheye e rebobinei normal, com um dedo sentido a parte que entrava de volta ao filme. Caso você tenha deixado a ponta entrar no filme, vá à um laboratório e peça para eles puxarem a pontinha do filme. Já fiz isso, é chato mas é o jeito.

4- Passe o filme para o segundo fotógrafo. Lembre de quando for carregar o filme na segunda câmera tentar prender o filme naquela mesma marcação já feita. (fizemos, vamos ver se a teoria do filme sobreposto no mesmo frame funciona). De resto é fotografar como se não houvesse amanhã, rebobinar normalmente, revelar e torcer pra sair tudo direitinho.
SuperSampler carregada e pronta para a segunda parte do experimento. Note que carregamos ela exatamente na marcação que fizemos na primeira rodada com a Fisheye.

Neste experimento a fotógrafa 2 foi a Mayra Costa, aqui do blog mesmo. Enviamos (aham) ela para Portugal para a segunda parte do experimento. Acredito que a brincadeira fica mais interessante quando além da câmera e do fotógrafo, muda a cidade, talvez estado, quiça o país! Daí que se você gostou da resenha e quer tentar, envie o filme pra algum amigo - ou desconhecido mesmo, de outro lugar (envia o blog da gente também pra ele =D).

Agora é esperar pela segunda parte do post, com mais detalhes da segunda rodada do filme e o resultado da brincadeira.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O filme ainda não morreu



Título Original: Film: not dead yet
Produção: CNN
Duração: 6'56''
Áudio: Inglês
Sem Legenda

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Câmera Luminária

Com um tanto de criatividade nada se perde. Uma câmera antiga - uma Cosina CT-2 para ser mais preciso - que já não tinha jeito foi transformada numa luminária.

Usando um tripé de suporte, a luminaria ica totalmente ajustável, podendo sair de uma lanterna estranha:
 

para um uma luminária de mesa:

ou um abajur quem sabe:
 

Melhor do que deixar sua velha amiga encostada numa estante ou coisa pior. Num ficou lindo?

Fonte: kootoyoo.com (A autora do post e da engenhoca disse que iria por a venda um tutorial da Câmera luminária para quem mandasse um mail para ela. Juro que se eu um dia fizer uma parada dessa coloco aqui de graça =D)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

No Facebook

Não é porque somos adeptos da imagem analógica que não gostamos da tecnologia digital. E gostamos mais ainda quando ela é o canal para conversarmos, debatermos e discutirmos fotografia analógica.  

Existem muitos grupos sobre fotografia em redes sociais. Mas eu gostaria de indicar um em especial: o grupo aberto Fotografia Analógica, do Facebook.

O grupo é novo. Foi criado esse ano e tem apenas 60 membros. Mas apesar do número pouco expressivo a atividade é grande. Quase todos do grupo são participativos e experientes, de
modo que contribuem com bom conteúdo
e trazem sempre novidades.

Para fazer parte Clique Aqui! 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Obras de Auguste François serão exibidas na Bienal de Curitiba

A 6ª VentoSul (Bienal de Curitiba) apresentará fotos originais do artista Auguste François, no Museu de Fotografia, de 18 de setembro a 20 novembro de 2011.

As fotos foram feitas em Assunção, no Paraguai, em 1894 e mesmo tendo fotografado no país por apenas um ano, suas fotos constituem um valioso testemunho gráfico da situação local no século XIX. A mostra também inclui uma dezena de negativos de vidro, reproduções e um vídeo documental.

François (1857 – 1935) nasceu na França, e começou sua carreira como funcionário público, em Arras. Em seguida foi nomeado para assumir funções em Nancy e depois em Paris. Após uma mudança administrativa, foi transferido para o Departamento de Estrangeiro e, assim, iniciou uma carreira diplomática que o levou à América do Sul e ao Oriente.Com exceção do período durante o qual foi cônsul da França no Paraguai (entre 1894 e 1895), o fotógrafo passou a maior parte da sua carreira em missões no Oriente, mais precisamente no Vietnã e na China.

Curioso e um observador incansável, ele sentia, narrava e compartilhava suas experiências com seus amigos parisienses, e mostrou grande talento como escritor. Um fotógrafo apaixonado, ele fez milhares de fotos mostrando a China como ela era antes de ter influências ocidentais. Sua obra constitui um documento completo sobre a sociedade chinesa no final da Dinastia Qing. Munido de equipamento fotográfico e cinematográfico, François viajou todo o sul da China.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Olympus Pen-EE S

Na década de 60 a Olympus lançou uma série de câmeras que fotografavam em meio-quadro (half-frame), eram as Olympus Pen. Sabe aquele estereótipo japonês, do turista com uma câmera na mão fotografando tudo que vê? Essas câmeras da Olympus ajudaram nisso. Por ser meio-quadro, um filme de 36 poses rendia 72 fotos, perfeito para quem quer registrar tudo numa viagem. 

Ao todo foram 14 sub-divisões produzidas de 1959 até meados de 1983, vendendo aproximadamente 17 milhões de modelos e se tornando um sucesso absoluto.
 
Mas o post de hoje é sobre um modelo especifico, que creio eu, por pesquisas no e-bay, no mercado livre e alguns fóruns, foi a mais popular delas: Pen-EE S.

Adquiri minha Olympus numa viagem que fiz à São Paulo no início do ano. Foi numa feira de rua na Teodoro Sampaio, lá tem muita coisa antiga, a maioria para decoração. Havia muitas outras câmeras por lá, mas essa me chamou a atenção pelo estado de conservação. Na verdade minha irmã e fotógrafa que me apontou as vantagens dela, o fato dela ser meio-quadro, a consevação, o fotômetro inteiro, etc. Paguei 70 reais nela. Ainda em São Paulo coloquei o primeiro filme e sai clicando.

Alguns detalhes técnicos: 
Ela tem duas opções de regulagem para a abertura: Uma manual, indo de 2.8 até 22, e outra que vai de acordo com o ASA, de 10 a 200 (valores estranhos né?) O ajuste focal é de 1 a 2 metros, de 3 metros, 15metros ao infinito, e, segundo o manual que achei na net, um macro de 3cm – nunca testei. O resto é automático e bem prático.
Os anéis de ajuste e o fotômetro
 Outra coisa curiosaa é este fotômetro de selênio. Ele capta a luz, e caso sua regulagem não esteja de acordo com a luz do ambiente, ele simplesmente não bate. No visor aparece um sinal vermelho indicando algo errado na regulagem. Bem, pelo menos teoricamente, na real ele só funcionou algumas vezes (também né, no mínimo a câmera tem 50 anos).

O interior.
O contador de poses é invertido - conta de 72 a 0.


Uma câmera que me ensinou um bocado sobre fotografia. Me fez exercitar o ajuste de foco e abertura. Principalmente exercitou meu olhar, suas quase intermináveis 72 poses permitiam um olhar diferente sob os assuntos, coisa que levei para as outras câmeras também.


A única queixa é a falta da sapata para flashs convensionais. Na real só descobri que essa câmera tinha flash depois que achei o manual na net. O flash encaixa de lado e deve ser um item bem difícil de encontrar, já procurei e nunca achei.

Continue lendo (clique na imagem) e veja uma pequena galeria das fotos que já fiz com ela:
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