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sábado, 29 de outubro de 2011

Câmera no bolo!

Já falei em outro post aqui sobre um bolo em formato de câmera fotografica. Hoje, venho só agradescer a Thalyta Honci e Nathália Honci que me ajudaram a fazer uma surpresa pra minha namorada com um bolo (bolo é eufemismo, uma obra de arte). E o que tem de analógico nisso? Uma diana linda no topo!

E só pra completar o post, uma foto recém revelada da Nathália comigo:
Pra saber mais sobre bolos decorados é só entrar no blog delas (aqui). Valeu meninas =D

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Caça-níquel de desconto

Acho que a lomography é a marca que mais inova em produtos analógicos - pelo menos que eu conheça - nunca indústria que tende a diminuir ela continua lançando novas câmeras e filmes.

A novidade da marca é uma brincadeira e seu site que distribui descontos como prêmio numa maquina de caça-níquel.


Eu mesmo renovei o estoque de filme que andava em baixa. Vailá e boa sorte =D

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Experimento Fail

Lembro de ler em algum lugar que Thomas Edison antes de achar o filamento ideal para completar a invenção da lâmpada elétrica incandescente torrou muita grana e precisou de milhares de tentativas. Então quem seria eu para me envergonhar de um experimento que deu errado? É com esta tentativa de consolo em mente que venho compartilhar com vocês uma brincadeira analógica que deu errado.

A premissa é a seguinte: Você pinta dois pedacinhos de plástico transparentes, um sendo exatamente o inverso do outro. Introduz o primeiro pedaço na máquina, fotografa todo o rolo, depois rebobina, troca o plástico por seu inverso, recarrega a câmera e fotografa de novo.

Como era uma primeira tentativa não me atrevi a fazer desenhos detalhados - ia ser mais difícil fazer o contrário dele.

Usei um pouco de fita pra fixar a máscara

O que mais dói foi ter gasto um 800 com isso kkkkkkkkk
A princípio a coisa é bem simples, mas o tutorial que vi era bem simplista, não dava muitos detalhes, principalmente quanto ao tal pedaço de plástico e nem a forma como pintá-lo. Daí que pintei os retângulos com uma caneta dessas de escrever em CDs e DVDs. Acho até que pode ser assim, mas não pintei 100%, e a área pintada não ficou completamente preta, que a tornaria uma máscara para o filme.

Acabou que as partes não pintadas corretamente sairam nas fotos, aparecendo essa coisa riscada ai no meio das fotos. Mas apesar da tosquisse, achei a experiência promissora, olhando direitinho, as que sairam mais ou menos como o esperado, lembram o uso de um splitzer. Enfim, confiram as que ficaram "menos ruins":







 
Então, já se deu mal num experimento? Comenta ai! E não se preocupe, a vida é assim mesmo, principalmente a analógica.

domingo, 23 de outubro de 2011

Yashica Electro 35

A Electro 35 foi uma câmera bastante popular entre os anos 60 e 70. Ao todo foram cerca de 15 milhões dessas máquinas produzidas pela empresa japonesa Yashica. Hoje em dia, ela ainda continua fazendo sucesso entre os que conservam o hábito de fotografar com câmeras analógicas.

Depois da Electro 35, em 66, vieram outros modelos da mesma série nos anos seguintes. A Electro 35 G em 68, a Electro 35 GS e GT em 70, a GSN e GTN em 73 e a GX em 75.

Infelizmente, não se fabrica mais a bateria necessária para o funcionamento do fotômetro da Electro 35 e suas irmãs. Quem tem uma dessas, precisa fazer uma gambiarra para aumentar a espessura de outras pilhas vendidas atualmente. Veja como fazer clicando Aqui.

Especificações Técnicas
  • Pode se usar na Electro 35 qualquer filme do formato 35mm;
  • A sua faixa de ASA varia entre 10 e 400; 
  • Para fotografar existe o modo Auto, Flash e B; 
  • No modo automático, a velocidade do obturador varia entre 1/500s e 30s; 
  • Com uma distância focal de 80 cm até o infinito, sua lente de 45mm é fixa e não é reflex; 
  • A maior abertura do diafragma é de 1,7 e a menor é 16; 
  • Aceita cabo disparador e tem temporizador que vai de maior que 0 até 8 segundos
Veja abaixo algumas fotos feitas com a Yashica Electro 35. As imagens foram extraídas do Flickr e do site da Lomography







sábado, 22 de outubro de 2011

Câmeras Russas com conexão na Ucrânia

Em busca de câmeras fotografias antigas e baratas encontrei o vendedor do eBay: artemstore. Entre peças e filtros, o cara (ou a mulher) tem 10 páginas de lentes e câmeras Russas a venda. 
Página do artemstore no eBay
As câmeras mais baratas atualmente em sua página custam U$$ 14,99 (mais U$$ 20,00 de frete para o Brasil), e são uma Smena 35 e uma Smena 7. A mais cara é uma Kiev-19 que custa U$$ 89.99 (mais U$$ 30,00 de frete). Há também algumas FEDs, TLRs Lubitel e outras marcas conhecidas no Leste Europeu.

Os produtos da artemstore são enviados de uma cidade na Ucrânia, o que justifica a grande oferta de câmeras russas disponíveis a baixo custo. 

Recentemente meu companheiro de blog, Arthur Moura, fez uma postagem sobre a nova (velha) Smena 8M que ganhou.  Sua câmera foi comprada por sua namorada, Isabela Tavares , ao artemstore e levou exatos 28 dias para chegar. 

Muito atencioso, o vendedor responde rápido aos e-mails, no entanto me parece que ele não trabalha nos fins de semana. O envio do produto também é muito rápido e ele garante, na descrição da oferta, a boa conservação e funcionamento do mesmo (pelo menos com a Smena do Arthur estava tudo perfeito).

Se preferir, você pode solicitar o número do rastreamento dos correios e acompanhar a movimentação da sua compra. Mesmo que você não fique ansioso para saber se a sua câmera ou lente já está chegando, é sempre bom ter em mãos o número de rastreamento para compras feitas no exterior. Ele é uma garantia de que sua encomenda foi postada corretamente e uma prova para futuras reclamações caso algo saia errado com os serviços de entrega.

Antes de comprar procure se informar sobre taxas e tributos sobre produtos vindos do exterior. No site da Receita Federal você pode tirar suas dúvidas sobre esse tipo de comércio. 

IMPORTANTE: Os autores do blog Vida Analógica NÃO assumem qualquer responsabilidade sobre produtos vendidos no eBay.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Brinquedo novo!

Há! Depois de 28 dias de espera finalmente chegou minha nova câmera, uma Smana 8M! Presente de aniversário da Isabela Tavares =D

Esse é um post rapido, só pra dividir minha alegria com vocês e mostrar como ela esta novinha. Depois faço outro post falando um pouco mais sobre ela e os resultados do primeiro filme.

capinha de couro da época (70's) ainda inteira

Pode remover só a parte de cima da capa para fotografar

os controles de abertura, velocidade e foco

Estou lendo um bocado sobre ela e suas peculiaridades. É um câmera cheia de história, que consegue ser extremamente manual, apesar de ser muito simples. E o melhor, capaz de fotos incriveis, continue lendo e veja uma pequena galeria do que achei por ai =D

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Os primórdios da fotografia

Se a gente pensar direitinho, se a gente olhar bem de perto, se a gente for muito objetivo, podemos ver que as maquinas fotográficas não mudaram muito em sua essência. Mas você conhece o percurso até chegar onde estamos hoje?

No início do século 19 quando a fotografia ainda era muito complicada, ainda era mais teoria do que prática, os primeiros fabricantes (se bem que essa palavra nem é tão adequada) ralavam muito atrás da forma mais perfeita e pratica de registrar o mundo. Os primeiros modelos, antepassados dos modernos aparelhos, eram grandes e pesadas caixas de madeira polida com aplicações em metal. Representavam a essência da técnica fotográfica: uma abertura com uma lente que dirigia a luz para o fundo da câmara escura onde se encontrava uma chapa de vidro com a emulsão. Veja alguns modelos:

Câmera de grande formato - 1840

Câmera Voigtländer para daguerreótipos - 1841

Câmera Bourguin - 1845
Claro que essas maquinas não eram nada prática, tanto o peso de tanta madeira e metal juntos quanto a chapa onde ficava a fotografia eram complicados de manejar. Aos poucos vieram câmeras mais compactas, com outras suportes de captação de imagens, como discos e filmes em rolo.

No final do século 19 houve um aprimoramento na sensibilidade das emulsões, o filme chegou como a melhor alternativa para captação da imagem. Isso resultou em maquinas mais engenhosas, o sonho era maquinas cada vez menores, surgiram algumas no formato de relógios de bolso, pequenos discos e outros que me fazem perguntar como diabos aquilo funcionava.

Câmera microfotográfica Dagron - 1860

Câmera-revólver de Thompson - 1862

Câmera relógio Lancaster - 1886

Câmera de bolso Stirn - 1886

Camera-espingarda Eastman - 1915
Venho então um homem que iria mudar a história da fotografia: George Eastman. Com a idéia de tornar a fotografia acessível a todos, para tanto, criou uma câmera que usava filme em papel com gelatina de brometo de prata. Foi comercializada a partir de 1888 com o nome de Kodak one – câmera que introduziu Ansel Adams na fotografia.

Câmera Kodak One - 1888
Eastman ainda inventou o formato de filme 35mm para fotografia. No início não houve muita aceitação, tanto que o formato se tornou de uso quase exclusivo do cinema à época. Posteriormente o formato 35mm se popularizou e os aparelhos com isso ficaram mais compactos e mais próximos do que temos hoje. Houve a troca da madeira por metais – mais leves e menos suscetíveis a mudanças com a temperatura.

Uma última inovação digna de registo nesta época, isso já por volta de 1907, foi o sistema de visualização reflex, que significa que a imagem que é mostrada ao fotógrafo no visor é captada através das lentes graças a um jogo de espelhos.

Camera Quta Modelo B - 1906

kodak screen focus de 1904

Câmera RB Cycle Graphic (4 x 5) - 1900

Esse post é um resumo de um ótimo artigo de Rita Novaes. O artigo completo (em suas três partes, com muitos outros exemplos de câmeras e muito mais informações) você confere aqui: parte 1, parte 2 e parte 3.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Kronocroma

Em busca da melhor revelação conheci essa semana a Kronocroma.  Eu já tinha ouvido falar que esse era o melhor laboratório do Rio de Janeiro, e fui lá pra confirmar os rumores.

A revelação realmente é muito boa. Eles trabalham com todos os tipos de filmes e o processo é artesanal. Não é o tipo de laboratório que entrega tudo em uma hora. Se você for pela manhã pode ser que ainda pegue seu filme no mesmo dia, mas normalmente só fica pronto no dia seguinte.  O que é um indício da delicadeza do processo.

O ponto negativo é que o preço é salgado. Existe uma extensa tabela de serviços e preços. Para revelar filmes 35mm positivos como negativos paguei R$ 10,00 por cada revelação em C-41 e R$ 17,00 para P&B, mas o resultado valeu cada centavo.

O rolo é entregue sem cortes
Outra coisa que gostei é que eles não cortam o filme e colocam em um plástico do tamanho do rolo inteiro. Além disso, eles ainda fazem ampliações em diversos tamanhos, vendem câmeras fotográficas antigas, seus assessórios e outros produtos.

A loja não tem fachada indicando que alí é a Kronocroma. Ela é só uma portinha cinza que pode passar despercebida. Abaixo uma foto da frente da loja extraida do Google Street View:

Rua do Russel, 450, Loja E. Glória. Rio de Janeiro
Contato Kronocroma: (021) 2558 2583

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Fotógrafos: Ansel Adams

Resolvi escrever sobre Ansel Adams depois  de citá-lo aqui no blog - inaugurando a seção de frases – e algumas pessoas me perguntarem “quem é esse cara?”. Pois bem, aqui esta.

 Ansel nasceu em 1902, na Califórnia. Filho de uma família rica que perdeu tudo numa crise financeira. Teve problemas na escola, não se enturmava porque durante o histórico terremoto e incêndio de 1907, que devastou a Califórnia, caiu e deformou o nariz. Foi diagnosticado como hiperativo, desconfiam que ele era disléxico. Teve que estudar em casa, conseguiu um diploma que garantia que ele tinha estudado até a 8ª série. É, uma infância complicada.

Para contrabalançar esse caos todo, ele tinha a natureza. Desde muito novo visitava o as reservas naturais do Golden Gate. Fazia longas caminhadas e como ele mesmo diz, sua vida foi colorida e moldada pela mãe natureza.

Aos 12, resolveu estudar piano. Aos 18 era profissional. Mas largou tudo pela fotografia. O piano tinha lhe dado o controle e disciplina que os anos conturbados da infância não deram. Mais ou menos por ai, visitou o parque nacional de Yosemite, pelo qual se apaixonou e passou a freqüentar todos anos, de 1916 até sua morte. Sua paixão pela natureza o levou a ingressar no Siera Club, um clube de ecologistas que protegia o parque e outras reservas nacionais. A partir de expedições com este grupo passou a fotografar a natureza, fotos que lhe renderam diversas exposições e certa fama.

Suas fotografias se pareciam com quadros, tinha aspectos de ilustrações da natureza. Foi seu encontro com outros grandes fotógrafos e a entrada no grupo F/64 que modificaram um pouco seu estilo. Passou a procurar mais a arte fotográfica, a fotografia pura como falavam no grupo. 

Adams é conhecido por ser um fotógrafo meticuloso e extremamente técnico. Nada escapava ao seu controle durante uma fotografia. Tamanho era seu renome com a técnica fotográfica que escreveu uma série de livros chamados: A câmera, O negativo e A cópia.


Para Adams não existe processo fixo ou ideal de fotografia, todos os elementos são variáveis e controláveis. Os dados e especificações dos fabricantes são dados médios, e se as nossas exigências estiverem acima da média temos que ultrapassar os limites, fazermos experimentações e verificarmos quais os procedimentos irão se adequar às nossas exigências criativas e estéticas.










Nesta última ele já velhinho no parque que tanto amou (e uma velha que acho que não gostava muito de fotografia). Ainda tinha muito pra ser dito sobre este fotógrafo brilhante, um cara que entendia a técnica mas que sabia que ela não é tudo, que devemos sempre procurar o novo e os limites para sermos melhores naquilo que gostamos. Quem sabe num outro post.

sábado, 1 de outubro de 2011

Você viu o Bob por ai?


Bob anda por ai, e nessa brincadeira já deve ter andando o planeta inteiro. Ok, deixa eu explicar melhor: “Have you seen Bob” (“Você já viu Bob?” Em português) é um projeto criado por Richard Legg e Jacob Woods-Maher. Bob era o personagem de um livro deles, a ideia de fotografa-lo era um projeto paralelo que acabou virando o principal e mais, um projeto fotográfico global.

Funciona basicamente assim: Bob é um modelo de papelão de 20 cm. Você manda um e-mail pra eles, eles te manda um Bob pelo correio. Você fotografa ele na sua rua, no seu bairro, nos pontos turísticos da sua cidade, leva ele pra um passeio fotográfico e depois manda as fotos para os caras. Só isso. O grupo oficial do Bob no Facebook tem 1420 participantes. Eu mesmo depois que vi algumas fotos e soube o que era o projeto me empolguei e mandei um mail pros caras e já peguei meu Bob (ui). Eles são atenciosos e rápidos no envio (Sem custos, afinal, são 20cm de papelão).


Nesse esquema quase 600 Bobs já foram para 45 países diferentes, e esse ano rolou até uma exposição com as melhores fotos dessa incrível viagem.

Em entrevista à lomography, eles comentaram sobre a proximidade entre o projeto e a fotografia analógica:

"- é um projeto fotográfico apenas analógico?
- Não, qualquer um pode participar. A grande maioria dos fotógrafos do Bob são lomógrafos porque a comunidade lomográfica está cheia de fotógrafos buscando novas fotos e diversão. (...) O espírito da fotografia esta muito próximo do coração do que se trata o Bob. Uma maquina analógica é como uma caixa mágica, você nunca sabe o que esperar dela: duplas exposições, light leaks, muitas surpresas. É como o Bob, colocamos ele num envelope morrom e ele vai embora. Nunca sabemos o que vamos receber em troca."
Ouvindo isso, como não se apaixonar pelo projeto e querer participar?

 Veja um mapa de onde o Bob esta (ou já foi), e perceba que o Brasil tem poucos participantes, vamos lá gente, vamos levar o Bob pra conhecer o Brasil!


Bob dando uma passada no Vida Analógica
Para que ficou curioso vale passar no blog deles haveyouseenbobsblog (pouco atualizado na verdade), ou o grupo no Facebook (bem mais movimentado). Por sinal ta rolando até uma competição no site da Lomography com o Bob (termina em sete dias hein). Ah, e o e-mail é tinlizard@hotmail.co.uk

Segue algumas das fotos que mais gosto do nosso amigo Bob ao redor do mundo:

Essa é minha =D
esqueci o autor

Esquei o autor

por Jorge Sato

Por Mabbom

Por Natalieerachel

Por Toby Mason

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